quinta-feira, 27 de março de 2014

A vingança dos filhos dos retornados...

Acabei de ouvir a ultima proposta em estudo. Há uns meses, fiz um post no facebook sobre os retornados no poder, que levantou muita polêmica . Hoje não tenho dúvidas, os retornados babam -se de alegria e prazer ao empobrecerem a geração que fez Abril. 


domingo, 23 de março de 2014

Não quero ser formatada....

Nada como ler  imprensa independente , tendo sempre em linha de conta que independência real é uma utopia. A imprensa reflecte sempre a visão de quem escreve quem escreve fá-lo sempre segundo a visão que tem do mundo. No entanto, considerando sempre estas limitações inerentes ao próprio conceito , ė possível relatar os acontecimentos referindo sempre as diferentes opiniões emitidas. Não acredito na imprensa portuguesa e é notória a percepção dos proprietários da mesma na linha editorial. Até posso admitir que alguns jornalistas o fazem de modo inconsciente, auto censuram-se porque o desemprego é uma perspectiva de futuro que não agrada a ninguém. 
Considerando estas percepções , tenho optado por ler as noticias  a partir de diferentes origens e países. Passe a publicidade, em  www.eusoujornalista.com  a opção é não só possível como fácil. 
Diariamente passo por lá, analiso, vejo diferentes versões, mesmo contraditórias, e formulo a minha opinião. É assim que fundamento a minha posição sobre o que se passa na Venezuela , na Crimeia, no Iraque ou na América. E como me dizia alguém ontem, falando sobre os nossos médias " até te compreendo, é demasiado americano." 

quinta-feira, 20 de março de 2014

A infantilidade dos argumentos...

A linguagem e argumentação de alguns adultos cá do burgo surpreende-me pela infantilidade! mas sobretudo pelo pouco respeito que demonstram sentir pelos pessoas comuns. 
Esta semana não pude deixar de me rir, com tristeza, a ouvir quer o Pinto da Costa, quer o sr. Silva...
Não sou fã fervorosa de futebol, apesar de me sentir benfiquista desde que nasci, mas passo sempre uma vista de olhos pelas notícias de futebol, nem que seja para poder depois provocar o marido, que é do Belenenses. A guerrilha entre o Pinto da Costa e o presidente do Sporting ( não me lembro do nome....) foi pródiga em palavras tontas. Mas ouvir o Pinto da Costa dizer " não ganhamos porque não nos deixam ganhar" foi hilariante. 
Episódio 1 ... Há umas semanas, os meus netos andavam a jogar com a bola, com regras que tinham definido. De repente, o mais novo, com 5 anitos, recém feitos, entra-me pela casa dentro, gritando e chorando como se lhe tivessem dado uma grande surra... Corri para junto dele e perguntei... O que foi? Caíste? -
- não, foram os manos...
- os manos? O que é que eles fizeram? E comecei a chamar pelos outros - 7 e 11 anos...mas já o pequenito, lavado em lágrimas, me dizia...
- vó, eles não me deixam ganhar...
Episódio 2 .   As crianças adoram histórias, como todas as criança, acho, e eu gosto de lhes ler histórias, bem como os país. Normalmente, para os mais novos substituo algumas palavras mais complicadas por outras mais simples , por vezes até para , simplesmente, suavizar uma situação mais trágica. Estava eu, bem acomodada no sofá, com os dois mais novos, lendo-lhes histórias que envolviam dinossauros, dragões e outros animais fantásticos que eles gostam, quando o menino da história, apanhado por um desses animais maus, morria, cortado  em pedaços. Lá procedi eu à alteração das palavras, só que eles viram as imagens e o do meio perguntou... 
- Eles comeram o menino? 
- Pois, comeram, mas sabes isto é uma história ....e foi só este...
- mas esse é predador?
- uma espécie de predadores, mas estes não existem.... São animais inventados...
O mais novo, muito atento às palavras do irmão... 
- o que são predadores?
- são animais que estão sempre à caça de outros para os comerem... ( explica o do meio)
- não quero histórias desses que me assustam...
Quando o sr. Silva disse que os investidores se assustavam sempre que ouviam a palavra " reestruturação " lembrei - me deste episódio passado há relativamente pouco tempo.

A infantilidade de argumentação de quem tem responsabilidades é simplesmente assustadora... 



A mensagem do sr. Silva...

Ouvir o sr. Silva torna-se cada vez mais penoso. Para dizer a verdade, não consigo mesmo vê-lo, e prefiro ler o que diz. Aquela voz deprimente torna impossível prestar o mínimo de atenção e desperta muita agressividade que devo evitar, por uma questão de sanidade mental. Mas aquela comunicação sobre as próximas eleições deixaram-me alerta. O que viria dali, agora? 
Afinal, o sr Silva só queria avisar o povão que, fosse qual fosse o resultado das europeias ele, o divino e sagrado deus, não faria leituras nacionais, o que traduzido em palavras claras, significa que o coelho e o portas continuam como governo.... Será que fiz a leitura errada? Mas então, se a Europa que estes cavalheiros defendem e que irá ser representada pelos seus deputados, for derrotada em eleições, qual é o sentido de eles continuarem no poder? Quem é que eles ficam a representar? Ou será que a mensagem do sr. Silva é ... não vale a pena votarem que os meus amigos é que vão continuar a negociar com a troika europeia?  
Qual será a legitimidade de representantes da minoria estarem a negociar o que diz respeito à maioria? 
Realmente, a legitimidade não interessa patavina a quem detém o poder. Houvesse dignidade e vergonha, já há muito que tinham saído! 
Mas, há que reconhecer, que são donos deste rectângulo porque ainda são demasiados os portugueses que gostam de ser mandados!  Há muitos senhores silvas por aí. Tacanhos, chico -espertos, pobres de espírito e de cultura... 
 Nota- Nunca pensei que alguma vez usaria o termo utilizado na Madeira para me referir a um Presidente da República, mas tenho de me render à evidência, é o nome que lhe assenta melhor... 

quarta-feira, 12 de março de 2014

que democracia é esta?

As mentiras, as contradições, os escândalos têm-se sucedido neste rectângulo à beira mar plantado e , francamente, a pachorra já me vai faltando para comentar o que , na maior parte das vezes,  é um verdadeiro atentado à nossa inteligência.
 
Mas, hoje acordei com a notícia do dia, que aliás já tinha lido ontem, (vantagens da tecnologia...) sobre o Manifesto das 70 personalidades que o subscreveram.
 Se ontem pensara que o inimaginável tinha acontecido, ao ler que Louçã e Manuela Ferreira Leite eram signatários do mesmo documento , para além dos dois conselheiros de Belém , hoje ao ouvir Bagão Félix e passar os olhos pela imprensa, achei que talvez  o Presidente dos Mercados  fosse capaz de decidir qualquer coisa...Alguma reacção ele tinha de assumir...
 
Entretanto, porque 12 de Março é uma data cá da casa, jornais, notícias e tudo o mais ficaram bem fechados numa gaveta, enquanto as ruas da cidade e o areal  nos acompanharam..
 
Só ao cair da noite soube da exoneração dos conselheiros... Curiosamente não fiquei surpreendida.... Sabia  que a democracia não era a praia desta gentinha do poder e, como tal, posições divergentes não poderiam ser admitidas...Consensos? Só os que os mercados e bancos determinam... Ora "peçam lá a exoneração, senhores conselheiros ", deve ter sido a palavra de ordem do chefe ...Concordarem com uma renegociação da dívida, que o coelho encavacado  rejeita? E os credores? E os mercados?
 
Blá, blá, blá... os argumentos do costume,,, a conversa mal cheirosa habitual, as balelas dos comentadores de serviço,  o perigo da falta de "confiança" dos investidores.. a arrogância de um coelho que há muito devia ter sido caçado... Argumentos mais que estafados... e a saga do empobrecimento continua...




 

terça-feira, 4 de março de 2014

Em conversa com um amigo moldavo...

Hoje, à tarde, por mero acaso, encontrei um amigo moldavo, em terras lusas há muitos anos, com quem tive a oportunidade de conversar sobre a situação na Ucrânia. Uma conversa interessante com alguém com formação , militar durante uns anos no seu país, que diariamente contacta com familiares e amigos residentes lá e na Ucrânia e em Crim , ( não sei se é assim que se escreve...) como ele diz referindo-se à Crimeia... Falou, com ar bastante desolado, sobre as notícias que são dadas na Europa... " só dizem as coisas de um lado, o que é bom para os americanos e Europa..." ninguém falou do que foi ontem em Odessa... Vieram uns homens de Kiev e queriam mudar o Presidente da câmara, vieram e com armas, a população não deixou... Houve grande luta e depois dizem que são russos... " estas foram algumas das palavras que foi dizendo no decorrer de amena cavaqueira, mas a que mais me marcou foi " se a população soubesse como está a Europa hoje, não queria de certeza..."
Acredito que sim, pois, pela parte que me toca, dispenso bem esta Europa...

segunda-feira, 3 de março de 2014

Ucrânia ... Já se libertaram da corrupção?...

"Uma terra de gente exausta da galopante desigualdade social e da sua classe política , vista como interesseira, vendida e completamente desacreditada..."
Uma frase clara, sucinta e que resume o espírito de revolta de um povo, justificando assim ... a violência de uma multidão em fúria. Escrita por um jornalista português mas, curiosamente, são palavras que nunca li, na imprensa portuguesa , falando de Portugal, onde tal descrição encaixaria perfeitamente. Está frase surge na Visão, referindo-se à Ucrânia. A informação e contra-informação está instalada, num clima de guerra fria que só não vê quem não quer.
Os problemas na Ucrânia são muitos , ninguém duvida, e complexos, mas querer resumi-los à vontade de libertação do poder russo e ao desejo de integrar a União Europeia é mistificar de maneira descarada o que se passou ali e continua a passar... A liberdade gritada naquela praça, em Kiev, misturada com slogans de " fora com russos e judeus" não auguravam nada de bom...
Tenho a sensação de que estamos a assistir ao início de uma guerra "mundial" em que os lados não são nazis e aliados, mas "investidores", leia-se donos dos dinheiro, e " necessitados de liquidez", ou seja povos em crise. Bem a podem mascarar de direitos humanos, de democracia, de liberdade que não conseguem convencer quem pense e reflicta sobre o que passa no mundo actual... O negócio das armas ( e do capital) comanda as decisões ... Quando não há guerra, há que criá-la seja onde for e sob os pretextos que sejam mais oportunos no momento...