quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Reflectindo ... no Portugal queimado





Ontem,atravessei o distrito de Leiria e Coimbra e parte de Viseu num expresso que me trouxe até às Termas de S.Pedro do Sul.
À medida que íamos avançando para o interior,  os vestígios dos fogos estavam por toda a parte. 
Portugal queimado quer por fenómenos naturais quer por mão humana. 
A revolta começou a revelar-se nos comentários dos passageiros do expresso. Além da revolta, senti-me estarrecida com a agressividade das  palavras que ouvia. A pena de morte era  o castigo preferido daqueles portugueses, que , afinal, são geralmente apelidados de pacíficos...
Por outro lado,as exigências do Presidente, como se ele fosse  Primeiro Ministro, vieram-me à memória, pela leviandade com que ele exige o que não pode cumprir, tirando partido da suposta afectividade que o povo, que não hesitaria em votar a pena de morte para criminosos, lhe vai demonstrando.
 Marcelo sempre foi comentador, sempre quis o poder, conseguindo disfarçar essa ambição com uma atitude pretensamente displicente, como só os homens inteligentes sabem fazer. Não conseguiu ser líder do Psd nem presidente da Câmara de Lisboa. Foi eleito Presidente depois de uma campanha longa como comentarista na TVI. Os Media demonstraram o seu poder. E ele continua usando estratégias populistas para se impor. 
Está em todo o lado, compreende tudo e todos , vai lançando farpas de acordo com os interesses do momento... ora ataca o passos, ora ataca o Costa, mas coloca-se sempre acima do poder executivo e próximo dás populações, principalmente se estas foram vítimas de alguma calamidade! 
A demagogia e o populismo no auge. 
O interior está destruído. Tudo tem de ser reconstruído o mais rápido possível. Continuar o jogo do empurra culpas não adianta nada para uma reconstrução rápida. Pelo contrário,contribui para alimentar diferenças, ódios pessoais e institucionais , raivas e agressividades. 
Parece que o Presidente está a apostar na intensificação do descontentamento e da tristeza das populações atingidas pelos fogos. 

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