quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

reflectindo sobre 2017


Do ano prestes a acabar, devia ou melhor poderia fazer um balanço , mas não me apetece. 
Foi um ano igual a tantos outros, a nível pessoal. 
Com acontecimentos bons, outros nem tanto; afectos bem sucedidos, outros por resolver; viagens desejadas muito agradáveis, outras, muitas ,também desejadas mas por fazer e sem saber se serão ou não feitas , alguma vez. Sonhos cumpridos e muitos por cumprir. Encontros , desencontros e reencontros feitos, desejados, adiados, prometidos  na célebre frase “para o ano é que é..”. E o ano passou e não foi ainda. Talvez um dia, quem sabe...

A nivel geral, foi um ano turbulento , diria mesmo bipolar… a geringonça aguentou-se bem tal com o país , mas os fogos incendiaram o centro e os media  nunca mais pararam de abordar o tema, com um presidente omnipresente e um bocado confuso com as suas competências. Mais do que um presidente, parece um comentador permanente de uma estação televisiva.

A presença dele tornou-se fastidiosa, por demasiado interveniente em assuntos para os quais não tem competência. Demasiado populista, sempre com os media atrás e beijinhos e selfies e afectos mediáticos, preferencialmente com os “pobrezinhos, coitadinhos,"alvos de uma pretensa solidariedade que parece ter invadido este povo incapaz de lutar pelos seus direitos mas sempre pronto a pedinchar as benesses do estado, apesar de no dia a dia procurar o meio mais simples de fugir aos impostos.

A nível internacional a loucura está instalada. Dois loucos, presidentes dos E.U.A. e Rep. Da Coreia do Norte brincam nas redes sociais disputando quem tem a Bomba Nuclear maior e qual dos botões vermelhos é maior. Na casa de qualquer família medianamente sensata, há muito que os dois estariam castigados e, possivelmente, já teriam sido objecto de umas bofetadinhas bem dadas que teria acabado com a guerra de crianças . Mas o mundo comenta, apoia um dos lados, utilizando argumentos que podem ser , com toda a justiça , aplicados a qualquer dos lados. 
Dois loucos brincando com fogo só pode causar incêndio. E veremos , depois, que bombeiros vão surgir depois de danos colaterais , como lhes chamam, terem vitimado milhares de pessoas .

A Europa continua a sua luta , com palavras, pela Defesa dos Direitos Humanos dos Povos que são importantes estrategicamente para os seus Leaders. E aqui temos outra causa para todos os gostos , mobilizando palavras e palavras na defesa de Direitos que não são cumpridos no velho Continente. Talvez a velhice do Continente justifique esta atitude do "deixa-andar, logo se vê", tão querida a quem já pouco espera da vida.

E eu? 
Nada. Vou reflectindo e assistindo a este espectáculo de hipocrisia que alguns chamam de “real politics”... E vou escrevendo...e outros vão comentando ...







2017 a acabar...

E 2017 está a chegar ao fim. 
Dentro de algumas horas,  grande parte do mundo festejará com mais ou menos fogo de artifício e música , a entrada em 2018… Os votos de Boas Festas repetem-se todos os anos, com os mesmos votos, sinceros ou não, com as mesmas mensagens enviadas por telemóveis ou pelas redes sociais, poucas em papel e menos ainda por fala directa, a não ser o rotineiro" Bom Ano "que , nesta época se deseja do mesmo modo que se diz "Bom Dia "ou" Boa Tarde"

Em casa, no quarto, com varanda virada para a rua, sempre muito movimentada e hoje, tremendamente silenciosa, reflicto em frente ao notebook.
Não vai haver champanhe nem danças nem marisco nem leitão.Nem passas , que me esqueci de comprar.

Um jantar igual a tantos outros, batata doce assada no forno, antibióticos, pílulas para dores do corpo e para a tosse, chá de gengibre com mel e limão e , provavelmente algum programa televisivo já que a belíssima série que ia na 2 , acabou ontem mesmo.